Banalidades

Eu estava a observar a mim mesma e as atitudes das pessoas no que diz respeito as suas relações sociais, anseios, desejos e sonhos (uma das vantagens de ser quase invisível quando se é alguém tímido). E percebi o quanto somos medrosos quando o assunto é banalidade (aquilo que é super normal mas as pessoas negam existir).
Todos estes nossos sentimentos, acontecimentos, e sensações são banais:

Os anseios diante de decisões importantes e o medo de ser incompreendido; 
A visita das indecisões;  
A falta de coragem de apostar todas as fichas em um novo projeto, em um novo sonho, porque não sabe de fato se dará certo; 
Nos acharmos ridículos por pensar em alguém que talvez nem pense na gente, mas que sem saber, já faz nosso coração acelerar e sair do compasso; 
Não dizer que não está bem porque todos dizem que "existem pessoas que estão bem piores"; 
Ser Jovem e estar receoso sobre tantas coisas, mas mesmo assim,  tenta tomar uma decisão certeira (ou necessariamente não ser Jovem e mesmo assim se sentir pressionado) .

Por mais constrangedor que seja admitir, nós temos medos. Medos das decisões, de sermos julgados, e medo de errar. Pensamos bastante, temos crises e sonhos, somos bobos quando amamos, idealizamos, somos indecisos, corajosos para algumas coisas e covardes para outras. 
A verdade é que nós não nascemos prontos. A vida passa e conseguimos acertar alguns alvos de goleada. Mas outros a gente erra, e em seguida entendemos o valor do aprendizado. Não devemos fazer de nossos anseios aval para ficarmos em nossa própria redoma, para mostrarmos um alguém diferente de quem somos. E também não devemos fazer dos receios dos outros os nossos, e por pressão, tomar decisões das quais vamos nos arrepender no futuro. Mas que possamos ter a coragem de ser quem somos e admitir o simples estado de saber que as banalidades fazem parte. No final das contas não somos tolos, nem "trouxas" somos apenas humanos na emancipação do próprio ser. Apenas dê o que tens de melhor.

- Ingrid Mari Ramires

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