Moça

Moça, existem amores que viram poesia. Sentimentos que se revelam sem ilusão, sem escudo de proteção. Sem covardia. Amores corajosos demais para se limitar a um breve soneto. Amores que tiram para dançar uma dança sem fim.
Mas existem corações machucados. Medrosos. Blindados pelo medo. Recusadores de afeto (e não os culpo). E É com esses que se deve ter cuidado. São corações endurecidos pelo tempo e circunstâncias, e esses não desejo a ti. Tu é ventania vigorosa de uma noite chuvosa, e brisa leve da manhã de domingo. Carrega a beleza de uma constelação no olhar. É pulsação forte de corrente elétrica, mas só para quem aguentar. Desejo - te toda sorte de um amor intrépido. Que venha como calmaria, e te sinta intensa como és. Desejo - te um amor inteiro e sincero. Que decifre teus enigmas, e te queira compreender de alma. Que enxergue formosura no teu rubor e no teu acanho. Que seja alfabetizado na simplicidade dos versos do teu ser, e que compreenda nas estrelinhas cada um dos teus sinais. E não se esqueça moça: Seja quem você é, sem medo do tempo e das circunstâncias. Deixa com que que universo se encarregue de trazer as coisas boas em seu tempo propício.

0 comentários