Tulipa

Ela é baixinha, mas não a subestime, tem coração maior do que o próprio corpo seja possível de comportar.

Delicada sempre, coloca amor em tudo que faz. Possui um jardim interno, do qual é bem zelosa, cheio de flores que cresceram em si durante cada tempestade.

Se fosse flor, a chamaria de Tulipa, pois resisti e insisti em florescer em climas frios.

É moça doce, tem a visão romantizada de todas as situações. Dona de um coração sensível, mas se entrega com uma coragem que eu admiro. Guarda alguns versos consigo na intenção de dar para um certo alguém e acredita nas conspirações do universo.

Já mergulhou em amores rasos como piscina, mas aprendeu a não atrever a colocar o pé na água com quem não quer ser oceano, afinal ela abomina enganos.

Ela seria uma perfeita personagem de filme de romance. Tem zelo pelas cartas que escreve e recebe e, o que as pessoas chamam de enjoativo e meloso, ela chama de carinho e doçura.

Ah! E não vai inventar de ser frio com ela não, porque ser alguém frio para ela é coisa de gente morta. Ela gosta mesmo é que demonstre, gosta de 'textão', de atitude, de barulho, de gente que não tem medo de expor o coração.

Ela não é passiva a sentimentos bons, tampouco indiferente. Ela é intensidade em pessoa, e quem anda ao seu lado consegue sentir a forte corrente elétrica de emoção que ela transborda de forma excedente.

Tudo para ela está estritamente ligado ao amor, e é por ele que ela inicia, que ela continua e termina. Sonha, faz planos, e realiza. Ama e reama em um ciclo vicioso, sem fim.

Ela usa o ensejo da música dos los hermanos para amar de graça, então diz a ela onde é o sufoco que ela te mostra alguém para acompanhar. Ela é um potinho de amor infinito em um mundo onde o conceito de amar se tornou invertido.

- Ingrid Maria Ramires

0 comentários